Pedro & Tânia, 16 de Outubro




A nGage foi já no longínquo mês de Setembro e quando cheguei a Olhão, esperavam-me já a Tânia e o Pedro. Promessas de uma viagem de barco estavam ainda muito longe da loucura que foi atravessar de Olhão para a Ilha dos Hangares. Solzinho maravilhoso, vento a bater no rosto e uma paisagem muito diferente é um molde muito favorável à fotografia, se lhe juntar-mos um casal totalmente in love, a coisa ganha uma magia única. Chegámos à Ilha sempre com o Pedro a descrever cada ponto que fosse um pouco maior que um grão de areia. Eram histórias de pesca, de navegações caricatas, de postos armados e aventuras pessoais relatadas com muito carisma e com um brilhozinho nos olhos que não disfarçava a paixão por este mundo.

Demos um ENOOOOORME passeio pela praia que me transportou para outras paragens, a ausência de pessoas e de traço urbano fez-me sentir quase em outro país. Após a longa caminhada fomos recompensados com um delicioso batido de canela no bar junto ao farol e lá voltámos para Olhão ao cair do sol. A agravar a ausência de luz, que não permite fotografar, houve outra situação digna de registo, fomos atacados por batalhões e batalhões de mosquitos que fariam inveja a qualquer clã de vampiros da Saga Twilight. Houve alturas em que a coceira era tanta que juro ter-me sentido um dançarino profissional de break dance. Para suavizar a comichão o Pedro deixou-me conduzir o barco a espaços e ensinou-me algumas regras de trânsito marítimo.

No dia 16 e com o casamento marcado para as 15:00, houve bastante tempo de manhã para fotografar os noivos. Começámos em casa deles e saímos com o Pedro para dar uma volta por Olhão e fomos à lota, isto a um Sábado de manhã e com 253,678 gaivotas no cais. Para quem ainda não percebeu o grau de dificuldade deste momento, imaginem o que é terem milhares de gaivotas a sobrevoarem-vos com armas mortíferas para qualquer fato de noivo. É muita gaivota para tão curto espaço, o Pedro ainda fez lá alguns movimentos "à la' Matrix" para chegar incólume à cerimónia :)

A Tânia ainda atrasou um pouco (mentira, foi mesmo bastante), mas nada de grave (cof cof). A verdade é que quando chegou a hora da verdade esteve a um nível superior e mesmo com cuidado redobrado pela sua barriguita saliente, nunca negou nenhuma situação e colaborou sempre com um sorriso simpático. Chegada a hora da cerimónia lá arrancámos para a Quinta dos Poetas, Pechão.

A cerimónia foi ao ar livre e não se alongou em demasia, um saxofonista tomava conta do som ambiente enquanto se faziam as fotos com os convidados. Um pouco antes de entrarem na sala e com a luz a pintar a bonita paisagem da quinta, fizemos as fotos com o casal. A marcar a festa, a dedicatória que o Pedro fez à Tânia, cantando uma música de André Sardet - "Quando Eu Te Falei Em Amor".

Chegava ao fim mais um Mito Urbano, desta vez no Algarve, com um casal nota 678, que nos fez em tudo, sentir como autênticos participantes da sua festa. Um grande abraço!

A nGage





O Casamento